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domingo, 26 de fevereiro de 2012

Retiro anual no Brasil

Os Religiosos de Sao Vicente de Paulo das fraternidades do Estado de São Paulo fizeram o seu retiro anual do dia 30 de janeiro ao dia 3 de fevereiro em Ibiúna (SP). O pregador foi Dom Celso Queiroz, bispo emérito de Catanduva (SP).

O clima de oração, a abundância da Palavra de Deus, os ensinamentos e o testemunho do pregador foram muito apreciados pelos religiosos que puderam renovar o seu compromisso com Cristo. Dom Celso destacou a presença do Espírito Santo… Que este mesmo Espírito continue a guia-los durante este novo ano, tanto em sua vida religiosa como em seu apostolado.

Encontro Internacional da FV. Roma 2012

Este ano como já se torna tradição na FV, os Responsáveis pelos diferentes ramos se reuniram em Roma para estreitar laços e sobretudo para formarem-se. Neste ano a formação esteve centrada na figura do beato Federico Ozanam e na Doutrina Social da Igreja. Os delegados dos 13 Ramos estiveram presentes de 13 a 15 de janeiro, na Casa ” Maria Inmacolata” para viver momentos intensos de convivência e de formação. Nossa Associação esteve representada pelos Conselheiros: Ghislain Atemezing (Camarões) e Anh Thu (Vietnã).
As atividades do dia 13 começaram pela tarde, com uma dinâmica especial, na capela, onde cada ramo escreveu em um papel seu desejo para a FV em geral, e especialmente suas expectativas para os quatros dias do Encontro; seguida por uma apresentação dos ramos das delegações presentes. O Superior Geral convidou, especialmente para este ano, as Irmãs de SV de Zagreb e de SV de Paul e os Irmãos da Caridade e de DePaul International.
O segundo dia foi mais intenso, com uma magnífica conferência do Dr. Austin Fagan (SSVP – Irlanda), depois da oração da manhã. Este, de forma pedagógica, nos apresentou a espiritualidade e o carisma de Federico Ozanam, em seu contexto histórico. Veio-nos a mente a pergunta daqueles estudantes “O que está fazendo minha Igreja hoje?” Esta interrogação foi determinante na luta do Beato, que foi simplesmente “demonstrar suas crenças pelos argumentos da Caridade”, seguindo o espírito de São Vicente. Ozanam soube romper esquemas no entorno de intelectuais de sua época, para encontrar novos caminhos para servir a Cristo no pobre. Depois de um momento de compartilhar em pequenos grupos, tivemos as apresentações dos novos integrantes da FV. No período da tarde, o Pe. Mizael Donizeti, CM (Brasil) apresentou uma palestra cujo tema “A Doutrina Social da Igreja a partir do pensamento de Federico Ozanam“, na qual nos mostrou um Federico como um dos apóstolos com um espírito inovador, que soube ir ao povo para conhecer suas necessidades. O compromisso desse teve como base sua vida de fé, que estava baseada da caridade. O dialogo que se seguiu serviu para esclarecer que a caridade está além da justiça. Concluímos a jornada com a apresentação dos projetos da CM ante a FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação); da AIC, com seu projeto de ensino no México; das FCs, com seu projeto de Mudança de Estruturas em Equador e do MISEVI com a apresentação de sua plataforma de formação on-line de missionários.
As atividades do domingo iniciaram depois da oração com a apresentação do projeto Zafèn e dos trabalhos da Comissão de Mudança de Estruturas, ministrado pelo Pe. Maloney, CM, onde nos foi informado que estão previstas três formações sobre a Mudança de Estruturas em Europa, uma delas se realizará em Itália, em outubro de 2012. Logo, o Pe. Joe Agostino, CM (novo responsável pelo projeto Zafèn de Haiti), nos apresentou o trabalho da Comissão de Formação de Líderes, que está desenvolvendo quatro módulos de formação (a herança vicentina, o líder como servente, o líder como profeta e o líder como um mentor). Espera-se um documento piloto em inglês para 2013. A jornada prosseguiu com as apresentações das Irmãs da Federação de Estrasbourgo na Índia, JMV e a SSVP.
Durante a missa de encerramento, o Pe. Gregory Gay, CM nos exortou, que a exemplo de Samuel, dediquemos tempo a escutar a voz de Jesus na oração, em sua Palavra, na Eucaristia, e nos acontecimentos diários de nossas vidas. Também, que a exemplo de Eli e João, busquemos sempre a Cristo nos pobres, para que nossas vidas sejam um vivo testemunho das palavras do salmo “Aqui estou, Senhor, para fazer tua vontade”.

Fonte- Juventude Marial Vicentina

Ghislain Atemezing / Anh Thu

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Carta à Família Vicentina sobre a Quaresma 2012




“Fizeste-nos para ti e inquieto está nosso coração, enquanto não repousa em ti”
Santo Agostinho de Hipona

A todos os membros da Família Vicentina

Queridos Irmãos e Irmãs,

Que a graça e a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo preencha vossos corações agora e sempre!

Vivemos num mundo cheio de turbulências. Nos deparamos com as exigências da vida num ritmo frenético e trepidante. Devido as realidades de guerra, pobreza, terrorismo, instabilidades políticas, catástrofes econômicas e ecológicas, somos um povo exausto para a vida. Nossos sentimentos assemelham-se aos do salmista: “Até quando, Senhor, por quanto tempo ainda desviareis de mim a vossa face?” (Sl 13,1).

Em meio a estes desafios, a Igreja nos oferece um precioso presente: o tempo da Quaresma. É um espaço sagrado, um tempo que nos convida a parar, a nos afastar da rotina quotidiana para buscar em profundidade, na história de nossa salvação em Jesus: sua vida, sua paixão e ressurreição. Em outras palavras, a Quaresma é um período sabático para a alma.

Como pessoas cativadas por Cristo e engajadas no carisma de São Vicente de Paulo, a Quaresma pode nos ajudar a viver melhor nossa fé católica à maneira vicentina. Como Vicente, nossa identidade enraíza-se no Cristo. Uma das leituras do primeiro domingo da Quaresma nos diz que Jesus “morreu, uma vez por todas, pelos nossos pecados, o Justo, pelos injustos, a fim de nos conduzir a Deus” (1Pd 3, 18). Estes quarenta dias de Quaresma não são apenas um tempo de oração, de penitência e de esmola, mas também, um tempo para a reflexão, a relação e a ação.

Um tempo para a reflexão

Os Evangelhos dos domingos da Quaresma dão-nos uma ampla matéria para reflexão, porque nos revelam a pessoa e a autoridade de Jesus. Jesus é visto como um místico voltando do deserto, o Messias transfigurado diante dos apóstolos, um profeta impulsionado a denunciar a injustiça no interior do templo, um mestre cheio de sabedoria disposto a dialogar com um Fariseu, e um servo sofredor pronto a glorificar a Deus, abraçando sua Paixão. Nestes Evangelhos, e nas leituras para a Eucaristia de cada dia, durante esta Quaresma, encontram-se os relatos do amor e da misericórdia de Deus por Israel, as palavras e os atos de Jesus que proclamam o Reino de Deus.

Rezando com as leituras da Quaresma e participando da Eucaristia, abrimo-nos à grande misericórdia de Deus, manifestada na vida, morte e ressurreição de Jesus. Isto foi a razão do zelo de Vicente de Paulo em meditar a vida e os ensinamentos de Jesus e seu entusiasmo para integrá-los em sua própria vida, fazendo dele um “místico da Caridade”. Vicente estava impregnado do desejo de servir os pobres, impulsionando e responsabilizando outras pessoas para fazerem o mesmo. Mas, o que alimentava sua alma inquieta, não eram as ideias nem os sucessos, mas um espírito e um coração que se entregavam à reflexão e a contemplação:

“Não podemos melhor assegurar nossa felicidade eterna, do que vivendo e morrendo no serviço dos pobres, entre os braços da Providência e numa renúncia total de nós mesmos, para seguir Jesus Cristo” (São Vicente, Coste III, pág. 392, Carta 1078 à Jean Barreau, em 4 de dezembro de 1648).

A conversão pessoal de Vicente adaptando-se aos ensinamentos de Jesus e fundar comunidades e organizações para servir os pobres foi o fruto de uma vida consagrada à oração e à reflexão. Dedicando tempo à reflexão, somos como os anciãos gregos que perguntaram ao apóstolo Filipe: “Senhor, queremos ver Jesus” (Jo 12,21); e a vida de Vicente nos ensina que Deus jamais recusa um convite para se comunicar conosco. A Quaresma é o tempo que nos é dado para agir assim.

Um tempo para a relação

O fruto do tempo dedicado a refletir e a rezar é uma relação mais profunda com Deus, consigo, com o próximo e com os pobres. Num mundo agitado, marcado pela discórdia e a desunião, a Quaresma nos ajuda a aprofundar nosso ser de discípulos com o Cristo e a melhor viver o nosso carisma vicentino. Podemos aprender muito com Vicente, cuja genialidade para colocar as pessoas em relação, em vista do bem comum, perdura até hoje. Os Evangelhos da Quaresma apresentam Jesus como Aquele que realiza sempre com fervor, a vontade do Pai. Através de sua oração e sua paixão, Jesus estava sempre unido à Deus.

Há alguns anos, uma publicidade popular dos Estados Unidos utilizou como slogan “Estamos todos conectados”. Para a atual era digital, este refrão é ainda mais relevante. Nossa fé e nosso carisma nos impelem a nos dedicarmos à prática dos mandamentos de Jesus: amar a Deus e a servir nosso próximo com maior profundidade. A Quaresma nos chama a discernir mais claramente a presença do Cristo sofredor em nosso mundo para que possamos compreender a miséria dos pobres e ser para eles o Cristo.

Como Superior geral, tenho o privilégio de visitar a Família Vicentina no mundo inteiro e de testemunhar a maneira como nosso carisma une os pobres ao Cristo. Permitam-me partilhar dois destes encontros. Ambos são serviços coordenados pelas Filhas da Caridade servindo à crianças vulneráveis e em situação de risco que vivem na pobreza.

Por ocasião de uma visita ao Haiti para ver o progresso do nosso Projeto Zafen, visitei uma escola que as Filhas da Caridade abriram para responder à miséria das crianças Restavek. É verdadeiramente uma situação trágica: entre 175.000 a 300.000 dessas crianças vêm de famílias que não podem sustentá-las, e as enviam para trabalhar como domésticas para membros de sua família, de conhecidos ou outras famílias haitianas. Apelidadas de "Restaveks" (do Crioulo -“ficar com”), sua vida não é nada fácil, elas não são consideradas como “parte da família” que servem. Frequentemente maltratadas e vítimas de abusos, as Restaveks não podem ser escolarizadas e falta-lhes alimentação, roupas e assistência. Na escola das Restaveks mantida pelas Filhas da Caridade, elas aprendem a ler e a escrever, são alimentadas e tratadas com uma atenção, um respeito e uma dignidade que jamais conheceram. Para obter mais informações sobre as crianças Restaveks, acesse o site: http://www.restavekfreedom.org

Em Gana, como em muitos países em desenvolvimento, a exploração de crianças está sempre presente. Em Kumasi, a segunda maior cidade do país, numerosas crianças sem abrigo vivem na rua e sobrevivem da mendicância e do trabalho durante o dia. Muitas vezes espancadas e maltratadas, tornam-se com frequência vítimas do tráfico humano. As Filhas da Caridade, com o Arcebispo de Kumasi, fundaram o “Projeto crianças de rua”, um centro de acolhimento que proporciona durante o dia, uma trégua diante dos perigos da rua. Oferece-lhes um lugar para repousar (embora seja apenas um espaço no chão), com a possibilidade de tomar banho, lavar a roupa, seguir um curso de alfabetização, beneficiar-se dos serviços de acompanhamento e oferecer outras possibilidades a estas crianças. É um lugar tranquilo na rudeza de uma vida de exploração. Para maiores informações sobre esta obra, acesse ao site: http://www.streetchildrenprojectksi.org

Acredito que concordam que estas duas obras vicentinas seriam queridas ao coração de São Vicente e de Santa Luísa e lhes estariam bem próxima. Representam um exemplo maravilhoso dos esforços empreendidos nestes locais para responder pela Boa Nova de Jesus, ao clamor dos pobres e dos esquecidos. A Quaresma é um tempo não somente para meditar sobre a vida de Jesus, mas para estar em relação com os pobres de Deus e de agir em seu nome.

Um tempo para a ação.

“O que devemos fazer?” Essa foi a questão que Madame de Gondi fez a Vicente em 1617 quando ambos foram testemunhas da miséria espiritual dos camponeses de sua vasta propriedade familiar. A resposta de Vicente à esta questão continua ainda hoje no mundo, através dos padres, Irmãos, Irmãs e leigos que são o coração vivo e constitutivo da Família Vicentina. A nossa realidade mundial tem um impacto muito maior que aquele que Vicente e Luísa jamais puderam imaginar.

Mas, o tempo da Quaresma nos lembra que o Cristo sofredor em sua paixão está presente em nosso mundo de inúmeras maneiras. Como discípulos de Jesus, nossa tarefa consiste em agir em seu nome: “Toda as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes” (Mt 25, 40). Como portadores do carisma vicentino é nossa tarefa responder com amor e com o serviço, tanto pessoal como coletivamente. Mesmo que estejamos sempre ocupados com muito trabalho, permitam-me sugerir um outro gênero de ação.

Em nossa última Assembleia geral, a Congregação da Missão adotou um plano estratégico quinquenal com objetivos anuais para melhor viver nossa vocação vicentina e o carisma da Família Vicentina. O objetivo sobre o qual centramos nossa atenção este ano é “a mudança sistêmica”, que definimos pelo fato de trabalhar não somente para melhorar as condições de vida dos pobres, mas a mudar as estruturas da sociedade que geram a pobreza. Para encorajar nossos coirmãos a se integrarem na mudança sistêmica em suas províncias e serviços, estratégias são sugeridas. Se algumas são especificamente da Comunidade dos Lazaristas, partilharei várias estratégias que podem ser utilizadas, assim acredito, por outros ramos da Família Vicentina:

•Favorecer atividades que promovem mudanças sistêmicas na sociedade: desenvolver o autogoverno local, formação de grupos de entreajuda, programas de microcréditos locais.
•Proporcionar assistência jurídica para a defesa dos Pobres e a promoção da justiça.
•Criar programas que impeçam o tráfico de pessoas e que assegurem a promoção da vida, o acesso universal à ajuda social, a proteção do meio ambiente, a dignidade das mulheres e das crianças, os direitos do migrantes e a participação na sociedade.
Estas estratégias de “mudança sistêmica” extraídas do plano da Congregação oferecem-lhes uma grande diversidade de ideias para agir. A mudança sistêmica é um objetivo importante para a Família Vicentina. Acredito que todos nós podemos encontrar meios para adaptá-la às nossas obras e formar a outros sobre sua importância.

Durante a Quaresma e ao longo de todo este ano, temos a oportunidade de crescer na fé meditando a Palavra de Deus e participando da Eucaristia que aprofunda os laços que nos unem ao serviço dos pobres. É uma tarefa que pode nos intimidar, mas como membros da Família Vicentina, nossa “mística da caridade” inspira-nos para lembrar a quem servimos e porquê:

"Peço a Nosso Senhor, que possamos morrer para nós mesmos para ressuscitar com Ele, que Ele seja a alegria do vosso coração, o fim e alma de vossas ações e vossa glória no céu. Assim o será, se de agora em diante, nos humilharmos como Ele se humilhou, se renunciarmos nossas próprias satisfações para segui-Lo, carregando nossas pequenas cruzes, e se entregarmos de bom grado nossa vida, como Ele doou a sua pelo próximo que Ele tanto ama e quer que o amemos como a nós mesmos" ( SV Coste III,629)

Nosso mundo agitado e a miséria das crianças Restavek e de Kumasi, podem as vezes, nos parecer esmagadores. Contudo, nossa fé em Jesus e o carisma vicentino renovam a força e a confiança para enfrentar o futuro com esperança. Por intercessão de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa, peço para que esta quaresma seja um tempo onde a graça e a bondade de Deus sejam manifestadas, com toda a plenitude em nossa vida e na de todas as pessoas que servimos.

Seu irmão em S. Vicente,
Pe. Gregory Gay, CM
Superior Geral

domingo, 19 de fevereiro de 2012

18 de Fevereiro, 192 anos da morte de Sao Francisco Regis Clet

Francisco Régis Clet nasceu em Grenoble a 19 de agosto de 1748 e foi ordenado presbítero em Lyon a 27 de março de 1773. Nomeado para o Seminário Maior de Annecy, aí ensinou Teologia durante quinze anos. Em maio de 1788, foi colocado como Diretor do Seminário Interno da Casa Mãe, em Paris. Após os estragos da Revolução Francesa, pediu para partir para as missões estrangeiras.

Chegou a Macau no dia 15 de outubro de 1791 e, durante trinta anos, dedicou-se totalmente à missão da China. Em terras pobres e sofridas, as agruras da seca, da fome e da pobreza assolavam a todos, inclusive os missionários, que, impelidos pela caridade, além de promoverem inúmeras campanhas em favor do povo, muitas vezes tiravam de seu próprio sustento para auxiliar os indigentes que vinham até eles, clamando por socorro. Neste apostolado, Padre Clet teve a alegria de ver a Igreja crescer na China.

Perseguido, foi denunciado e preso, na altura de seus 70 anos. Condenado, morreu estrangulado, perto de Outchangfou, a 18 de fevereiro de 1820. Foi beatificado no dia 17 de maio de 1900 e canonizado a 01 de outubro de 2000.

FONTE: CONGREGAÇÃO DA MISSÃO

Morre bispo vicentino

Na manhã do último dia 13 de fevereiro, às 11h30, morreu o bispo de São José dos Pinhais (PR), dom Ladislau Biernaski, da Congregação da Missão (ramo da Família Vicentina), que estava internado há pouco mais de uma semana por conta de um câncer. A cerimônia de sepultamento, presidida pelo arcebispo de Curitiba (PR), dom Moacyr José Vitti, será às 09h de hoje (15).

Dom Ladislau Biernaski, 74 anos, nasceu no dia 24 de outubro de 1937, em Almirante Tamandaré (PR). Foi admitido no Seminário Interno da Congregação da Missão no dia 27 de fevereiro de 1955 e ordenado presbítero no dia 06 de julho de 1963, em Curitiba (PR). Sua Ordenação Episcopal foi no dia 27 de maio de 1979, em Roma, Itália, quando escolheu por lema: “Ele é a nossa paz”.

Dom Ladislau foi bispo auxiliar de Curitiba (PR), do ano de 1979 a 2006. Foi também responsável por diversas Pastorais Sociais no Brasil, como a Pastoral Operária, Comissão Pastoral da Terra (onde foi vice-presidente de 1997 à 2003, e atual presidente), Pastoral Carcerária (1979) e Pastoral do Menor (1988). Em sua larga atuação no Regional Sul 2, foi membro da presidência (1999) e secretário executivo (2007).


Nota de pesar da CNBB

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) manifesta o seu pesar pela morte de dom Ladislau Biernaski, do bispo de São José dos Pinhais (PR), ocorrido na manhã desta segunda-feira, dia 13 de fevereiro.

Nossa fé em Cristo nos leva a renovar com os familiares, os irmãos e as irmãs da diocese de São José dos Pinhais, a certeza da ressurreição. O consolo que nos ampara nesta hora é contemplar, de forma agradecida, a vida de um homem justo.

O ministério episcopal de dom Ladislau foi marcado pela inteira dedicação à pastoral e ao povo. Esteve presente e atuante de 1979 até 2006, como bispo auxiliar de Curitiba (PR). Acompanhou, em nome de nossa Conferência, as ações das Pastorais Sociais no Brasil, como a Pastoral Operária e a Comissão Pastoral da Terra, da qual foi vice-presidente de 1997 a 2003, e era seu atual presidente. Acompanhou a Pastoral Carcerária e a Pastoral do Menor. Também prestou relevantes serviços no Regional Sul 2.

“Ele é a nossa paz”, foi seu lema episcopal e hoje é a nossa expressão de confiança ao reconhecer a firme atuação de Dom Ladislau em favor do Reino de Deus. Neste momento, unimos-nos a todos os que rezam em ação de graças pela sua vida.

Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo auxiliar de Brasília - Secretário Geral da CNBB

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Divulgada arte da Romaria 2012



Este ano, a ‘Praça das Palmeiras’ (na entrada da Basílica Nacional de Aparecida) vai ser colorida de azul. Os cerca de 30 mil vicentinos presentes ao evento usarão a cor em camisas e bonés. Para se ter uma prévia das peças, hoje, o Departamento Nacional de Comunicação divulga a arte do cartaz que promove a festa. Nele, há um espaço onde se é possível acrescentar informações sobre excursões promovidas pelas Unidades.
Os cartazes foram enviados aos Conselhos Metropolitanos na semana passada para que fossem distribuídos às outras unidades vicentinas.

A cor
Leveza, tranquilidade e serenidade. Características presentes no projeto visual da Romaria 2012. A cor azul foi usada como base principal, pois, simboliza na metodologia das cores ânimo para começar uma nova etapa com as forças renovadas. Ela inspira mais comunicação, sensibilidade e criatividade. Palavras que são extremamente necessárias para os encontros com os mais Pobres. É uma sintonia com o tema de 2012 e da Romaria.

Cartaz
Usando da base de cor principal e sobretons em azul mais forte, o cartaz centraliza o tema da Romaria, repassa a programação e ainda reforça o convite para que os vicentinos estejam presentes em todos os eventos. Ele ainda traz todos os canais de comunicação disponíveis em que se pode encontrar mais informações da festa.

FONTE: DA REDAÇÃO DO SSVPBRASIL

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

“COMO MATAR A OBRA UNIDA?”



1. Não a freqüente, mas quando você for lá, procure algo para reclamar. Com certeza você sempre vai encontrar alguma coisa errada. Fique de olho. Explore isso.

2. Ao comparecer a qualquer atividade, dedique-se em encontrar falhas nos líderes. Veja se os dirigentes estão fazendo as coisas corretas. Se encontrar falhas fale e espalhe para os outros. Critique de verdade. Agora, quanto às coisas boas que fazem ou dizem, não comente nada, não elogie, fique na sua, em absoluto silêncio.

3. Nunca aceite missão, compromisso ou incumbência alguma; lembre-se que é mais fácil criticar do que realizar.

4. Se o Presidente da Obra Unida, ou qualquer outro dirigente pedir sua opinião sobre importante assunto, responda que não tem nada a dizer e depois espalhe como deveriam ser as coisas, em sua “opinião”.

5. Não faça mais que o absolutamente necessário; porém, quando o Presidente e seus auxiliares estiverem trabalhando com boa vontade e interesse para que tudo corra bem, afirme que a Obra Unida está sendo dirigido e dominada por um grupinho.

6. Se você for convidado para qualquer encargo, simplesmente seja esperto(a) e recuse. Alegue que você não tem tempo e depois critique com a seguinte afirmação: “Essa turma quer sempre mandar na Obra Unida e eu sou uma pessoa democrática”. “Sou diferente deles.

7. Quando você tiver qualquer problema de relacionamento com o Presidente, ou qualquer outro dirigente, procure vingar-se fazendo acusações e divulgando “erros” por eles cometidos. Não será difícil, pois esse pessoal está cheio de falhas humanas.

8. Sugira, insista e cobre a realização de cursos, palestras, encontros e eventos. Mas, quando forem realizados, não se inscreva e nem compareça.

9. Se você receber questionários solicitando sugestões e se a Obra Unida não adivinhar suas idéias e pontos de vista, critique e espalhe a todos dizendo que você é ignorado e que não te dão importância que você merece.

10. Após tudo isso, quando a Obra Unida estiver em crise financeira, com poucos voluntários, enroscada de problemas e dificuldades, estufe seu peito e diga: “Eu não disse que isso ia acontecer?


Fonte: Lista “Reflexões” e Revista “Voz Vicentina” – Goiânia (GO) – adaptação da coordenação da Ecafo do CC de Itapetininga (SP)

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

As diferenças entre assistencialismo, filantropia e caridade



Muita gente, ao se referir às ações de promoção social de pessoas necessitadas materialmente, confunde os significados das palavras assistencialismo, filantropia e caridade, utilizando-as como sinônimos. Contudo, essas três expressões possuem diferenças relevantes e é importante que a comunidade vicentina tenha esses conceitos bem claros a fim de evitar equívocos de interpretação.
Assistencialismo (palavra latina que significa “estar junto”, “pôr-se junto”) vem da palavra assistência, que significa ato ou efeito de assistir. Então, assistencialismo consiste no conjunto de ações implementadas por alguém em prol de outro, no sentido de dar proteção, amparo, auxílio, ajuda, socorro. O termo “assistencialismo” possui o sentido um tanto negativo entre nós por que o que caracteriza especificamente o assistencialismo é o fato de não se preocupar com a erradicação das causas dos males sociais. Como doutrina, o assistencialismo defende que nada há de fazer em termos de reformas estruturais, reduzindo toda ação social à aplicação de paliativos.
Já filantropia, palavra de origem grega que significa “amizade pelo homem”, tem mais a ver com humanitarismo, ou seja, amor à humanidade. O termo surgiu no século XVIII e era comparado a um tipo de caridade que se julgava mais esclarecedora, mais científica, em seu modo de agir, e não inspirada em motivos teológicos, mas exclusivamente humanos e sociais. Hoje, filantropia possui um significado quase que neutro para significar o “culto de atitudes humanas para com os necessitados” e, num sentido mais amplo, um vago interesse pelos problemas humanos. É uma palavra que está associada às pessoas, independentemente da religião ou condição social. Por exemplo, os clubes de serviço (Rotary, Lions e Leões do Brasil) desenvolvem ações filantrópicas, isto é, atividades sociais, sem envolver a dimensão espiritual. Em alguns dicionários, filantropia é sinônimo de caridade, mas sem englobar a presença de Deus nesses atos.
Por sua vez, caridade é a palavra cristã que significa o “amor que move a vontade à busca efetiva do bem de outrem”. Caridade identifica-se com o amor de Deus. Caridade é Deus! Fazer caridade ou praticar caridade é ter as mesmas atitudes, as mesmas ações que Deus teria em determinadas situações de miséria e de pobreza. É sentir como Deus “faria” e fazer a mesma coisa. É doar-se, sem preocupação em receber nada em troca. É a prática viva do Evangelho. Também significa benevolência, complacência, compaixão e beneficência. É uma das virtudes teologais, ou seja, é uma das virtudes que Deus oferece a nós. Em muitos casos, caridade e amor se confundem e alguns dicionários utilizam a expressão “amor-caridade” para tentar aproximar ao real significado da palavra.
Sendo assim, podemos concluir que se o trabalho de promoção humana integral desenvolvido pelas Conferências Vicentinas fosse mero assistencialismo ou filantropia, não teríamos atingido tantas graças e vitórias no atendimento às famílias carentes e demais pessoas excluídas do convívio social que nos foram colocadas sob proteção. Nossa atuação segue firme por se tratar de uma obra de caridade, que envolve a dimensão do amor. Aqui reside o nosso diferencial.
Nossa extrema devoção aos excluídos, nosso amor por Deus na pessoa do pobre, nossa dedicação absoluta à causa do Evangelho e nossa verdadeira obsessão em reduzir as desigualdades sociais sintetizam o aspecto caritativo do trabalho da Sociedade de São Vicente de Paulo em todo o mundo.

Cfde. Renato Lima