O mundo da mídia tem um "potencial extraordinário" para promover o progresso da humanidade, afirmou o Papa Bento XVI aos participantes na 17ª Assembleia da Rádio da ‘European Broadcasting Union', realizada em Castel Gandolfo.
"O vosso é um ‘serviço público', serviço às pessoas, para ajudá-las cada dia a conhecer e compreender o que acontece e por que acontece, e a comunicar ativamente, para participar do caminho comum da sociedade", disse o Pontífice aos presentes.
A sociedade de hoje, observou, apresenta muitas situações que colocam "os valores fundamentais em jogo para o bem da humanidade", e a opinião pública "se encontra muitas vezes desorientada e dividida".
Os desafios que o mundo enfrenta hoje, segundo o Papa, são "muito grandes e urgentes" e não podemos "ficar desanimados e desistir" perante as dificuldades.
Entre eles, citou "o respeito pela vida humana, a defesa da família, o reconhecimento dos autênticos direitos e das justas aspirações dos povos, os desequilíbrios que causam o subdesenvolvimento e a fome em muitas partes do mundo, o acolhimento dos imigrantes, o desemprego e a segurança social, as novas pobrezas e a marginalização social, a discriminação e violações da liberdade religiosa, o desarmamento e a busca de solução pacífica dos conflitos".
Neste contexto, indicou, corresponde à rádio e à televisão a tarefa de "alimentar a cada dia uma informação precisa e equilibrada e um debate profundo para encontrar as melhores soluções compartilhadas para estas questões em uma sociedade pluralista".
"É um dever que exige profissionais de alta honradez, integridade e respeito, abertura a diferentes perspectivas, clareza na resolução dos problemas, liberdade diante de barreiras ideológicas, consciência da complexidade das questões", acrescentou o Papa.
"Trata-se de uma busca paciente dessa ‘verdade comum' que melhor traduz os valores na vida e melhor orienta o caminho da sociedade, e deve ser buscada em simultâneo com a humildade."
Papel da Igreja
"Nessa busca, a Igreja Católica tem uma contribuição específica a dar e quer oferecê-la testemunhando seu compromisso com a verdade que é Cristo, mas ao mesmo tempo com abertura e espírito de diálogo", sublinhou Bento XVI.
A religião, de fato, "contribui para purificar a razão, ajudando-a a evitar cair em distorções, como a manipulação pela ideologia ou a aplicação parcial que não leva a ter inteiramente em conta a dignidade da pessoa humana".
Do mesmo modo, "também a religião reconhece a necessidade de corrigir a razão para evitar excessos, como o fundamentalismo e o sectarismo".
Por isso, convidou os presentes a "promover e incentivar o diálogo entre fé e razão, na perspectiva de servir o bem comum".
Também quis destacar a rápida aceitação que a rádio teve na Igreja Católica, quase desde a sua invenção, e sua importância para os papas durante a 2ª Guerra Mundial e a Guerra Fria.
"Quando o meu predecessor Pio XI se dirigiu a Guglielmo Marconi para que dotasse o Estado da Cidade do Vaticano de uma estação de rádio à altura da melhor tecnologia disponível na época, mostrou ter intuído agudamente em que direção estava se desenvolvendo o mundo das comunicações, e o que a rádio poderia oferecer para o serviço da missão da Igreja."
Através da rádio, os pontífices "puderam transmitir, muito além das fronteiras, mensagens de grande importância para a humanidade", bem como "apoiar por um longo tempo as esperanças dos crentes e dos povos sob regimes opressores dos direitos humanos e da liberdade religiosa".
"Desde os discursos de Pio XII, passando pelos documentos do Concílio Vaticano II, até as minhas mais recentes mensagens sobre as novas tecnologias digitais, está atravessando um caminho de otimismo, esperança e sincera simpatia rumo àqueles que trabalham neste campo para favorecer o encontro e o diálogo, para servir a comunidade humana, contribuir para o crescimento pacífico da sociedade", concluiu Bento XVI.
FONTE: ZENIT
"O vosso é um ‘serviço público', serviço às pessoas, para ajudá-las cada dia a conhecer e compreender o que acontece e por que acontece, e a comunicar ativamente, para participar do caminho comum da sociedade", disse o Pontífice aos presentes.
A sociedade de hoje, observou, apresenta muitas situações que colocam "os valores fundamentais em jogo para o bem da humanidade", e a opinião pública "se encontra muitas vezes desorientada e dividida".
Os desafios que o mundo enfrenta hoje, segundo o Papa, são "muito grandes e urgentes" e não podemos "ficar desanimados e desistir" perante as dificuldades.
Entre eles, citou "o respeito pela vida humana, a defesa da família, o reconhecimento dos autênticos direitos e das justas aspirações dos povos, os desequilíbrios que causam o subdesenvolvimento e a fome em muitas partes do mundo, o acolhimento dos imigrantes, o desemprego e a segurança social, as novas pobrezas e a marginalização social, a discriminação e violações da liberdade religiosa, o desarmamento e a busca de solução pacífica dos conflitos".
Neste contexto, indicou, corresponde à rádio e à televisão a tarefa de "alimentar a cada dia uma informação precisa e equilibrada e um debate profundo para encontrar as melhores soluções compartilhadas para estas questões em uma sociedade pluralista".
"É um dever que exige profissionais de alta honradez, integridade e respeito, abertura a diferentes perspectivas, clareza na resolução dos problemas, liberdade diante de barreiras ideológicas, consciência da complexidade das questões", acrescentou o Papa.
"Trata-se de uma busca paciente dessa ‘verdade comum' que melhor traduz os valores na vida e melhor orienta o caminho da sociedade, e deve ser buscada em simultâneo com a humildade."
Papel da Igreja
"Nessa busca, a Igreja Católica tem uma contribuição específica a dar e quer oferecê-la testemunhando seu compromisso com a verdade que é Cristo, mas ao mesmo tempo com abertura e espírito de diálogo", sublinhou Bento XVI.
A religião, de fato, "contribui para purificar a razão, ajudando-a a evitar cair em distorções, como a manipulação pela ideologia ou a aplicação parcial que não leva a ter inteiramente em conta a dignidade da pessoa humana".
Do mesmo modo, "também a religião reconhece a necessidade de corrigir a razão para evitar excessos, como o fundamentalismo e o sectarismo".
Por isso, convidou os presentes a "promover e incentivar o diálogo entre fé e razão, na perspectiva de servir o bem comum".
Também quis destacar a rápida aceitação que a rádio teve na Igreja Católica, quase desde a sua invenção, e sua importância para os papas durante a 2ª Guerra Mundial e a Guerra Fria.
"Quando o meu predecessor Pio XI se dirigiu a Guglielmo Marconi para que dotasse o Estado da Cidade do Vaticano de uma estação de rádio à altura da melhor tecnologia disponível na época, mostrou ter intuído agudamente em que direção estava se desenvolvendo o mundo das comunicações, e o que a rádio poderia oferecer para o serviço da missão da Igreja."
Através da rádio, os pontífices "puderam transmitir, muito além das fronteiras, mensagens de grande importância para a humanidade", bem como "apoiar por um longo tempo as esperanças dos crentes e dos povos sob regimes opressores dos direitos humanos e da liberdade religiosa".
"Desde os discursos de Pio XII, passando pelos documentos do Concílio Vaticano II, até as minhas mais recentes mensagens sobre as novas tecnologias digitais, está atravessando um caminho de otimismo, esperança e sincera simpatia rumo àqueles que trabalham neste campo para favorecer o encontro e o diálogo, para servir a comunidade humana, contribuir para o crescimento pacífico da sociedade", concluiu Bento XVI.
FONTE: ZENIT