No dia 18 de julho, Catarina é chamada a pôr-se a caminho. No meio da noite, ela descobre o mistério da presença graciosa de Deus. Deus nos busca ternamente, infatigavelmente e nos convida a entrar em Aliança com Ele. Sua presença ao nosso lado é sempre discreta, à imagem desta criancinha. Quando Deus chama, não se impõe, Ele dirige-se ao nosso coração para suscitar o melhor de nós mesmos, uma resposta na liberdade.
Esta Aparição de 18 de julho não é um parêntese na vida de Catarina. Ela traça-lhe um caminho de luz para a sua vida. O encontro de 18 de julho de 1830 é instrutivo sob vários aspectos. Através da pessoa de Maria, radiante de Deus, o caminho espiritual efetuado por Catarina é uma proposta para nos abrirmos ao infinito. Por Maria, é Deus que vem o nosso encontro, que “vem nos visitar” (Lc 1, 68;78). Hoje, Nossa Senhora “da Rua do Bac” nos convida também a viver, esta tarefa de redescobrir mais intensamente as duas dimensões do encontro, a dos irmãos e a de Deus.
A experiência do encontro de Catarina com Maria é, antes de tudo, uma história de amor. A relação sobrenatural que Maria oferece à Catarina não é para esmagá-la de bondade condescendente ou de exigências. Ela propõe-lhe que viva um encontro na verdade, na luz de Deus, onde cada pessoa tem necessidade do outro e a necessidade de amar. Toda a Bíblia não reconstitui a inexplicável história de amor de Deus com os homens e a infatigável confiança que Ele se obstina a dar-lhes?
Deus vem nos visitar, geralmente, sem fazer barulho. Convida-se como um amigo. Ele bate à nossa porta e espera respeitosamente a nossa resposta, porque não pode nos forçar a amar. O Amor não é possessivo, é oferenda. Deus mendiga nosso sim, nosso sorriso. Desde que Ele encontre em nós a porta aberta, pede senão para entrar e abrasar nosso coração com seu Amor. Mas, quando nós O acolhemos, Ele já se antecipou para nos acolher. Com Maria, compreendemos que o Amor de Deus nos precede e que o nosso não é senão resposta ao seu.
Catarina aprende junto de Maria a acolher o dom de Deus, a viver na graça. Então, cruzando o seu olhar, Catarina reconhece Maria porque ninguém até este dia, jamais pousou sobre ela um tal olhar... o amor que Catarina recebe na transparência do coração de Maria a revela a si própria. Com Maria, Catarina descobre o olhar que Deus tem sobre ela e o preço infinito de sua dignidade.
Quando Deus nos abre seu coração, Ele nos encaminha a compreender a íntima profundidade de sua Aliança: “Como o Pai me ama, assim também eu vos amo. Perseverai no meu amor... Disse-vos essas coisas, para que a minha alegria esteja em vós, e a vossa alegria seja completa”(Jo 15, 9-11).
Como Jesus com Nicodemos, a Samaritana, o cego de nascença... Deus nos trata com um extremo respeito. Sua escuta e sua compaixão nos ajudam a dar sentidos aos acontecimentos de cada dia, às vezes tão pesados, e a descobrir a alegria escondida em meio aos mínimos acontecimentos de cada dia. Escutando a Palavra de Deus, o nosso coração é modelado aos olhos de Deus para escutar os apelos do mundo e oferecer respostas de acordo com o seu coração.
O relato de 18 de julho de 1830 traça a experiência de um Amor que transporta. Para Catarina, a mensagem desta Aparição, é antes de tudo, acolhimento do Amor e responsabilidade de irradiá-lo. Os 45 anos de vida missionária de Catarina, vividos na discrição e aniquilamento, nos fazem pensar que a experiência espiritual desta noite de 18 de julho permitiu-lhe compreender, no mais profundo de si mesma, o que é a missão. Ela não é um ato voluntário que depende de nós, é “Vida de Deus” que trabalha em nós, nos despoja, nos penetra e se torna fecundo.
Com Irmã Catarina, aprendamos a nos deixar encontrar pelo olhar do Cristo e a nos expor ao seu olhar para ver o mundo como Ele o vê. Abramos o nosso coração à beleza e à humildade de Maria, “Estrela da Evangelização”, a fim de nos tornarmos, como ela, reflexo da Beleza e da Humildade de Deus. Deixemos o Espírito Santo fazer nascer em nós uma “nova criação” a fim de amar o mundo e ordená-lo no sentido do Reino de Deus.
Do livro: “Catarina Labouré: A Mensageira do Céu”, Irmã Anne Prévost.
Esta Aparição de 18 de julho não é um parêntese na vida de Catarina. Ela traça-lhe um caminho de luz para a sua vida. O encontro de 18 de julho de 1830 é instrutivo sob vários aspectos. Através da pessoa de Maria, radiante de Deus, o caminho espiritual efetuado por Catarina é uma proposta para nos abrirmos ao infinito. Por Maria, é Deus que vem o nosso encontro, que “vem nos visitar” (Lc 1, 68;78). Hoje, Nossa Senhora “da Rua do Bac” nos convida também a viver, esta tarefa de redescobrir mais intensamente as duas dimensões do encontro, a dos irmãos e a de Deus.
A experiência do encontro de Catarina com Maria é, antes de tudo, uma história de amor. A relação sobrenatural que Maria oferece à Catarina não é para esmagá-la de bondade condescendente ou de exigências. Ela propõe-lhe que viva um encontro na verdade, na luz de Deus, onde cada pessoa tem necessidade do outro e a necessidade de amar. Toda a Bíblia não reconstitui a inexplicável história de amor de Deus com os homens e a infatigável confiança que Ele se obstina a dar-lhes?
Deus vem nos visitar, geralmente, sem fazer barulho. Convida-se como um amigo. Ele bate à nossa porta e espera respeitosamente a nossa resposta, porque não pode nos forçar a amar. O Amor não é possessivo, é oferenda. Deus mendiga nosso sim, nosso sorriso. Desde que Ele encontre em nós a porta aberta, pede senão para entrar e abrasar nosso coração com seu Amor. Mas, quando nós O acolhemos, Ele já se antecipou para nos acolher. Com Maria, compreendemos que o Amor de Deus nos precede e que o nosso não é senão resposta ao seu.
Catarina aprende junto de Maria a acolher o dom de Deus, a viver na graça. Então, cruzando o seu olhar, Catarina reconhece Maria porque ninguém até este dia, jamais pousou sobre ela um tal olhar... o amor que Catarina recebe na transparência do coração de Maria a revela a si própria. Com Maria, Catarina descobre o olhar que Deus tem sobre ela e o preço infinito de sua dignidade.
Quando Deus nos abre seu coração, Ele nos encaminha a compreender a íntima profundidade de sua Aliança: “Como o Pai me ama, assim também eu vos amo. Perseverai no meu amor... Disse-vos essas coisas, para que a minha alegria esteja em vós, e a vossa alegria seja completa”(Jo 15, 9-11).
Como Jesus com Nicodemos, a Samaritana, o cego de nascença... Deus nos trata com um extremo respeito. Sua escuta e sua compaixão nos ajudam a dar sentidos aos acontecimentos de cada dia, às vezes tão pesados, e a descobrir a alegria escondida em meio aos mínimos acontecimentos de cada dia. Escutando a Palavra de Deus, o nosso coração é modelado aos olhos de Deus para escutar os apelos do mundo e oferecer respostas de acordo com o seu coração.
O relato de 18 de julho de 1830 traça a experiência de um Amor que transporta. Para Catarina, a mensagem desta Aparição, é antes de tudo, acolhimento do Amor e responsabilidade de irradiá-lo. Os 45 anos de vida missionária de Catarina, vividos na discrição e aniquilamento, nos fazem pensar que a experiência espiritual desta noite de 18 de julho permitiu-lhe compreender, no mais profundo de si mesma, o que é a missão. Ela não é um ato voluntário que depende de nós, é “Vida de Deus” que trabalha em nós, nos despoja, nos penetra e se torna fecundo.
Com Irmã Catarina, aprendamos a nos deixar encontrar pelo olhar do Cristo e a nos expor ao seu olhar para ver o mundo como Ele o vê. Abramos o nosso coração à beleza e à humildade de Maria, “Estrela da Evangelização”, a fim de nos tornarmos, como ela, reflexo da Beleza e da Humildade de Deus. Deixemos o Espírito Santo fazer nascer em nós uma “nova criação” a fim de amar o mundo e ordená-lo no sentido do Reino de Deus.
Do livro: “Catarina Labouré: A Mensageira do Céu”, Irmã Anne Prévost.