O arcebispo emérito de Brasília (DF), cardeal José Freire Falcão, presidiu, na manhã de hoje, a missa do segundo dia da 48ª Assembleia Geral da CNBB, no Santuário Dom Bosco, na capital federal. A missa teve a participação especial dos bispos eméritos que, no Brasil, passam de cem.
“Não basta uma fé teórica, mas é necessário uma fé viva, que se traduza em obras de amor”, disse o cardeal inspirado no evangelho proclamado na celebração. “O fruto dos ramos é a santidade de uma vida, cujos frutos são especialmente obras de amor”, acentuou.
Dom Falcão lembrou, também, que os cristãos nunca estão sós, mas unidos uns aos outros no amor. “Não somos sozinhos. Ninguém é só. Ser pessoa é ser com os outros e para os outros. O discípulo de Jesus, particularmente, jamais é só. Está unido aos outros na maravilhosa realidade da comunhão dos santos”.
O cardeal recordou que, pelos pequenos gestos de amor “haveremos de transformar profundamente a sociedade”. “É por pequeninos gestos de amor, de generosidade, que a sociedade se humaniza, se torna fraterna e justa”. E citou Jacques Maritain: “Sem o amor e a caridade, o homem transforma em grande mal tudo o que há de melhor”.
Em nome dos bispos eméritos, o arcebispo emérito fez dois agradecimentos ao final de sua homilia. Agradeceu a Deus a vida longa dos eméritos. “A vida é sempre bela, mesmo em seu ocaso. Mesmo quando marcada pela dor e por grandes limitações”, afirmou. “Nossa vida de eméritos não deixa de ser um caminhar veloz para a pátria celestial”, completou.
Dom Falcão agradeceu também a acolhida que os eméritos têm dos bispos diocesanos. “Agradecimento pela bondade com que nos acolhem, pela atenção que têm para conosco, malgrado nossas grandes limitações. Agradecimento porque não nos vêem como um obstáculo ao seu pastoreio, inevitavelmente marcado pela personalidade de cada um, por sua visão pastoral e por novas exigências pastorais de suas dioceses”, acentuou.
O bispo emérito de Blumenau (SC), dom Angélico Sândalo Bernardino, saudou os eméritos e destacou sua missão na Igreja. “Em idade avançada, continuamos presença viva de oração pelas dioceses e sempre missionários”, disse.
Fotos: Pe. Altevir, CSSp
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