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sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

07 de Janeiro, Festa da Beata Lindalva Justo de Oliveira


Sua Juventude
Nascida em 1953, no nordeste do Brasil, num vilarejo da cidade de Açu, Estado do Rio Grande do Norte, Lindalva é a sexta filha de uma família de quinze filhos. Seus pais muito católicos transmitiram-lhe uma fé simples e profunda.
A Felicidade no Amor
Lindalva recebeu e aprendeu de seus pais os princípios da educação cristã . Criança generosa, ajudava com facilidade sua mãe nos trabalhos domésticos. Quando seus irmãozinhos discutiam com os colegas, ela procurava sempre apaziguá-los com doçura.
Sempre atenta à dor alheia, visitava as pessoas solitárias e os pobres de sua vila; Muitas vezes, ocorreu, de dar-lhes discretamente suas próprias vestes.
Progressivamente, compreendeu que seu caminho era o mesmo de Cristo que vai ao encontro dos Pobres para lhes testemunhar o amor de Seu Pai.
Após os estudos de Assistente em Administração, cuida de seu pai idoso e doente. Tendo este falecido, a jovem Lindalva escreve pedindo sua admissão na Companhia das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo: “Tenho 33 anos, sou de família simples e humilde. Já há algum tempo senti o apelo de Deus, porém, somente agora sinto disponível para servir a Cristo. Tenho boa saúde e me sinto incansável quando posso fazer o bem...”.
Sua Vocação de Filha da Caridade
Em julho de 1989, Lindalva entra para a Companhia das Filhas da Caridade na Província do Recife. Enviada em missão em 1991 vai para o Abrigo Dom Pedro II, em Salvador, Estado da Bahia e aí é encarregada de garantir a coordenação dos sérvios no setor masculino, pessoas idosas e doentes.
Um Coração Alegre e Generoso
Lindalva ama os idosos com um coração doce e humilde; olha-os com espírito de fé, como a seus Senhores e Mestres: “Eu peço a Deus de nos conceder sua sabedoria e docilidade para bem servir os pobres, nossos mestres”.
Ela compreende sua vocação como uma resposta ao apelo de Deus: “Quando Deus chama alguém, não é possível se esconder. Cedo ou tarde sua vontade será feita”. Sua fé é de uma adesão simples e total nos acontecimentos da vida que ela escolhe como um dom e um apelo de Deus: “Cada dia de nossa vida deve ser um dia de renovação e de ação de graças a Deus pelo dom da vida e seu chamado a seguir seu filho Jesus Cristo, e servi-lo nos pobres”. O elan de seu coração torna-a capaz de vencer todas as dificuldades: “na minha oração, sinto a cada instante um grande desejo de amar o Bom Deus e quero chegar lá custe o que custar mesmo que seja no último dia de minha vida”.
Sabia partilhar sua fé com os jovens e procurava ajudar as co-irmãs com dificuldades que preocupavam: “Quando a dúvida em nossa vocação perturba o coração é preciso se entregar inteiramente a Deus”.
Seu Martírio Numa Sexta-Feira
Enérgica, sorridente e disponível, Lindalva brilha da presença de Deus; vive sua vocação de serva dos pobres com um espírito de justiça impregnado de amor: Ela ama cada um sem preferências e sem discriminação.
Sexta-feira santa, 9 de abril de 1993, ao nascer da aurora, Lindalva participa com sua Companheiras da Via Sacra na Paróquia: A cruz é o sinal do amor, o amor que se doa até ao extremo: “Pai, perdoa-lhes...” (Lc 23,24)
Retornando ao Abrigo, Lindalva prepara, como todas as manhãs, o café para os residentes. Logo que ela começa seu serviço é brutalmente assassinada por um dos interno de 46 anos tomado pela loucura e pela violência: ele não suportava a resistência da Irmã às suas insinuações maldosas.
Esta jovem Filha da Caridade não pensava certamente em morrer tão cedo. Tendo feito a oferenda de sua vida torna-se por sua morte um testemunho de que:
“Não há maior prova do que dar sua vida por quem se ama” (Jo 15,13).
Um Testimunho Atual da Paixão de Cristo
A violência que ocasionou sua morte, torna a mensagem que a jovem Irmã Lindalva deixou para todos extraordinariamente simples e muito eloqüente.
Uma fé viva na pessoa de Jesus Cristo, um desejo ardente de O seguir até o fim, de servir e de amar como Ele, embora sua morte com tamanha brutalidade, e de tal maneira atroz, se apresente como o cumprimento duma vida totalmente ligada ao ministério salvífico de Jesus Cristo.
“Jesus Cristo, tendo amado os seus que estavam no mundo amou-os até o fim...”( Jo 13,1).
Com uma simplicidade impressionante, Irmã Lindalva realiza a atualidade da força deste amor até o fim, mesmo até à morte.

UMA ORAÇÃO À BEM-AVENTURADA

LINDALVA JUSTO DE OLIVEIRA

Ó Deus, que infundistes no coração de Lindalva a chama da caridade e da fidelidade à vocação junto aos mais abandonados, concedei-nos a graça que vos pedimos (.....) para que em breve seja reconhecida oficialmente entre os santos do céu.Sua vida ganhou,numa sexta-feira santa, a coroa do martírio. Sua morte é a do justo e do inocente como a de Cristo.Na hora do holocausto, doloroso, mas fecundo ela se apresenta a servir tal qual o Mestre que disse: “Não vim para se servido, mas para servir”. Concedei-nos, Senhor, por intercessão da Bem-aventurada Lindalva, novas e santas vocações para o serviço de Cristo nos pobres. Isto vos pedimos, pelo mesmo Jesus Cristo Nosso Senhor. Amém.
Pai Nosso, Ave-Maria e Glória ao Pai.