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domingo, 11 de julho de 2010

Igrejas de países lusófonos discutem formas de combater a pobreza


Os bispos dos países de língua portuguesa estão reunidos em São Tomé e Príncipe para discutir a participação da Igreja na luta contra a pobreza. Participam bispos de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal. Apenas Macau e Timor-Leste não participam desta reunião, que acontece pela 9ª vez.

O vice-presidente da CNBB, dom Luís Soares Vieira, representa o episcopado do Brasil no encontro que começou sábado, 3, e prossegue até sexta-feira, 9. Em entrevista à Rádio Vaticano, ele se disse impressionado com a liturgia celebrada pelas comunidades. “Fiquei impressionado com as comunidades e as com liturgias muito participadas. Os cantos que se cantam no Brasil são cantados aqui também”, disse dom Luis.

O vice-presidente destacou, também, o alto índice de pobreza do país e a hospitalidade do povo de São Tomé. “O povo é muito hospitaleiro, mas muito pobre. É um país que precisa encontrar rumo, pois depende do cacau”, acrescentou.
Segundo dom Luís, a Igreja tem ajudado muito o país. “A Igreja está muito presente na educação, tanto escolar quanto popular. Há um esforço grande para ajudar o povo a encontrar caminho”.

O bispo de São Tomé e Príncipe, dom Manuel dos Santos, considera que o encontro das Igrejas Lusófonas um acontecimento importante não só para a Igreja local, mas para o próprio país.

Segundo a Agência Ecclesia, o bispo de São Tomé e Príncipe, dom Manuel dos Santos, ressaltou a pobreza da população de São Tomé como um desafio à Igreja Católica que procura “ser uma resposta para as dificuldades do povo”.
Ele defendeu a importância da “troca de experiências” sobre o tema escolhido para o encontro deste ano, uma vez que “cada país tem a sua caminhada”.

“A cultura religiosa são-tomense não deixa de ter um certo ecletismo”, admite dom Manuel. “A Igreja local, com apenas 12 sacerdotes, encontra dificuldade de fazer com que o povo assuma a realidade cristã em toda a sua dimensão social, cultural, moral”, acrescentou.

Fonte; CNBB