Páginas

domingo, 28 de agosto de 2011

Setembro é o momento da Coleta de Ozanam



Na primeira semana de setembro, os Vicentinos devem, generosamente, realizar nas Conferências a Coleta de Ozanam, cujo Artigo 69 da Regra nos ensina que o valor arrecadado será destinado ao Conselho Geral Internacional (CGI) da SSVP. A coleta deve ser feita na primeira reunião de setembro e encaminhada ao Conselho Particular no mais breve espaço de tempo, que a fará chegar, via Conselho Nacional, à sede da SSVP em Paris. O Conselho Geral Internacional utilizará esses recursos, provenientes de todas as partes do planeta, para a manutenção de sua estrutura e de sua sede, para o desenvolvimento de projetos e no repasse a Conferências mais carentes. O Conselho Geral usa ainda essa verba para apoiar os Conselhos Vicentinos de países que sofreram com desastres naturais (terremotos, furacões, tsunamis, etc), contribuindo na reconstrução de casas e na doação de remédios e mantimentos. Esta verdadeira “campanha de arrecadação” não poderia ter sido batizada com nome melhor, pois era sonho de Ozanam reunir o mundo inteiro, numa grande rede de caridade. Alertamos ainda que, conforme o § 3º do Artigo 69, a remessa dos recursos será feita pelos Conselhos Particulares, diretamente ao Conselho Nacional do Brasil, até 31 de outubro de 2010. A coleta deve refletir nosso amor à SSVP. Cabe a cada confrade ou consócia efetuar seu donativo com base na sua consciência e com espírito de partilha. Fonte: Edição nº 490 do Portal REDE DE CARIDADE, sua moderna Agência de Notícias Vicentinas!

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Hoje é comemorado 14º aniversário da beatificação de Frederico Ozanam





A Jornada Mundial da Juventude tem sido o anúncio de boas notícias para os vicentinos. Este ano, foi de que o Brasil sediará o próximo evento. Em 1997, os participantes voltaram para o país alegres com a informação da beatificação de Antonio Frederico Ozanam - fundador da Sociedade de São Vicente de Paulo (SSVP).

Ozanam foi beatificado no dia 22 de agosto, na Catedral de Notre-Dame (Paris), pelo então Papa João Paulo II, que também foi vicentino.

A beatificação ocorreu pela cura milagrosa de um adolescente brasileiro, afetado por uma difteria. Em fevereiro de 1926, na cidade de Nova Friburgo (RJ), foi curado graças à intercessão a Ozanam. A cura foi reconhecida pela Junta Médica da Congregação para as Causas dos Santos em 22 de junho de 1995 e, confirmada de modo unânime pelos consultores teólogos, na reunião de 24 de novembro do mesmo ano.

A seguir, a homilia do Papa João Paulo II.



HOMILIA DO SANTO PADRE
DURANTE A MISSA DE BEATIFICAÇÃO
DE FREDERICO OZANAM

Catedral de Notre-Dame, 22 de Agosto de 1997


1. «O amor vem de Deus» (1 Jo 4, 7). O Evangelho deste dia apresenta-nos a figura do bom Samaritano. Mediante esta parábola, Cristo quer mostrar aos Seus ouvintes quem é o próximo citado no maior mandamento da Lei divina: «Amarás ao Senhor teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todas as tuas forças e com todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo» (Lc 10, 27). Um doutor da Lei perguntava o que devia fazer para ter parte na vida eterna; encontrara nestas palavras a resposta decisiva. Sabia que o amor de Deus e do próximo é o primeiro e o maior dos mandamentos. Apesar disso, pergunta: «Quem é o meu próximo?» (Lc 10, 29).

O facto de Jesus propor um Samaritano, como exemplo para responder a esta pergunta, é significativo. Com efeito, os Samaritanos não eram particularmente estimados pelos Hebreus. Além disso, Cristo compara a conduta deste homem àquela de um sacerdote e de um levita, que viram o homem ferido pelos salteadores e deixado meio morto na estrada, e continuaram a sua caminhada sem lhe prestar socorro. Ao contrário o Samaritano, que ao ver o homem sofredor, «encheu-se de piedade» (Lc 10, 33); a sua compaixão levou-o a uma série de acções. Em primeiro lugar ligou-lhe as feridas, depois levou-o para uma estalagem a fim de que cuidassem dele; e, antes de partir, deu ao estalajadeiro o dinheiro necessário para se ocupar do ferido (cf. Lc 10, 34-35). O exemplo é eloquente. O doutor da Lei recebe uma resposta clara à sua pergunta: quem é o meu próximo? O próximo é todo o ser humano, sem excepção. É inútil perguntar sobre a sua nacionalidade, a sua pertença social ou religiosa. Se está em necessidade, é preciso ir ajudá-lo. É isto que pede a primeira e a maior Lei divina, a lei do amor de Deus e do próximo.

Fiel a este mandamento do Senhor, Frederico Ozanam acreditou no amor, no amor que Deus tem por todos os homens. Ele mesmo se sentiu chamado a amar, dando o exemplo de um grande amor de Deus e dos outros. Ia ao encontro de todos os que tinham mais necessidade de ser amados, daqueles a quem Deus-Amor não podia ser efectivamente revelado senão pelo amor duma outra pessoa. Ozanam descobriu nisto a sua vocação, viu o caminho para o qual Cristo o chamava. Encontrou nisto o seu caminho rumo à santidade. E percorreu-o com determinação.

2. «O amor vem de Deus». O amor do homem tem a sua fonte na Lei de Deus; a primeira leitura do Antigo Testamento demonstra-o. Nela encontramos uma descrição pormenorizada dos actos do amor ao próximo. É como que uma preparação bíblica para a parábola do bom Samaritano.

A segunda leitura, tirada da primeira Carta de São João, desenvolve o que significa a palavra «o amor vem de Deus». O Apóstolo escreve aos seus discípulos: «Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus e todo aquele que ama, nasceu de Deus e conhece-O. Aquele que não ama, não conhece a Deus, porque Deus é amor» (1 Jo 4, 7-8). Esta palavra do Apóstolo constitui verdadeiramente o centro da Revelação, o ápice para o qual nos conduz tudo o que foi escrito nos Evangelhos e nas Cartas apostólicas. São João prossegue: «Nisto consiste o Seu amor: não fomos nós que amámos a Deus, mas foi Ele que nos amou e enviou o Seu Filho como propiciação pelos nossos pecados» (ibid., 10). A remissão dos pecados manifesta o amor que por nós tem o Filho de Deus feito homem. Então, o amor do próximo, o amor do homem, já não é apenas um mandamento. É uma exigência que deriva da experiência vivida do amor de Deus. Eis por que João pode escrever: «Se Deus nos amou assim, também nos devemos amar uns aos outros» (1 Jo 4, 11).

O ensinamento da Carta de João prolonga- se; o Apóstolo escreve: «Ninguém jamais viu a Deus; se nos amarmos uns aos outros, Deus está em nós e o Seu amor é perfeito em nós. Nisto conhecemos que estamos n’Ele e Ele em nós, porquanto nos deu o Seu Espírito» (1 Jo 4, 12-13). O amor é então a fonte do conhecimento. Se, por um lado, o conhecimento é uma condição do amor, por outro, o amor faz aumentar o conhecimento. Se permanecermos no amor, temos a certeza da acção do Espírito Santo que nos faz participar no amor redentor do Filho, que o Pai enviou para a salvação do mundo. Ao reconhecermos Cristo como Filho de Deus, permanecemos n’Ele e, por Ele, permanecemos em Deus. Pelos méritos de Cristo, acreditámos no amor, conhecemos o amor que Deus tem por nós, sabemos que Deus é amor (cf. 1 Jo 4, 16). Este conhecimento mediante o amor é de algum modo o elemento essencial da vida espiritual do cristão. «Quem permanece no amor permanece em Deus e Deus nele» (ibid.).

3. No contexto da Jornada Mundial da Juventude, que este ano tem lugar em Paris, procedo hoje à beatificação de Frederico Ozanam. Saúdo cordialmente o Senhor Cardeal Jean-Marie Lustiger, Arcebispo de Paris, cidade onde se encontra o túmulo do novo Beato. Alegro-me também com a presença neste evento de Cardeais e de Bispos de numerosos países. Saúdo com afecto os membros da Sociedade de São Vicente de Paulo, que do mundo inteiro vieram para a beatificação do seu principal fundador, assim como os representantes da grande família espiritual herdeira do espírito de São Vicente. Os vínculos entre vicentinos foram privilegiados desde as origens da Sociedade, pois foi uma Filha da Caridade, Irmã Rosalie Rendu, quem guiou o jovem Frederico Ozanam e os seus companheiros rumo aos pobres do bairro Mouffetard, em Paris. Caros discípulos de São Vicente de Paulo, encorajo-vos a pôr em comum as vossas forças para que, como desejava o vosso inspirador, os pobres sejam cada vez mais amados e servidos e Jesus Cristo, honrado nas suas pessoas!

4. Frederico Ozanam amava todos os necessitados. Desde a sua juventude, tomou consciência de que não bastava falar da caridade e da missão da Igreja no mundo: isto devia traduzir-se num empenho efectivo dos cristãos no serviço dos pobres. Estava assim em sintonia com a intuição de São Vicente: «Amemos a Deus, meus irmãos, amemos a Deus, mas que isto aconteça com os nossos braços e com o suor do nosso rosto» (São Vicente de Paulo, XI, 40). Para o manifestar de maneira concreta, com a idade de vinte e cinco anos, com um grupo de amigos, criou as Conferências de São Vicente de Paulo, cuja finalidade era a ajuda aos mais pobres, num espírito de serviço e de partilha. Bem depressa, estas Conferências difundiram-se fora de França, em todos os países da Europa e do mundo. Eu mesmo, como estudante, antes da segunda guerra mundial, fiz parte de uma delas.

O amor pelos mais miseráveis, por aqueles de quem ninguém se ocupa, já está no centro da vida e das preocupações de Frederico Ozanam. Ao falar destes homens e destas mulheres, ele escreve: «Deveríamos cair aos seus pés e dizer-lhes com o Apóstolo: “Tu es Dominus meus”. Vós sois os nossos mestres e nós seremos os vossos servidores; sois para nós as imagens sagradas deste Deus que não vemos e, não sabendo amar doutra maneira, nós O amamos nas vossas pessoas» (A Louis Janmot).

5. Ele observa a situação real dos pobres e procura um empenho cada vez mais eficaz, para os ajudar a crescer em humanidade. Compreende que a caridade deve levar a trabalhar pela reparação das injustiças. Caridade e justiça caminham a par e passo. Tem a coragem lúcida dum empenho social e político de primeiro plano numa época agitada da vida do seu país, pois nenhuma sociedade pode aceitar a miséria como uma fatalidade, sem que a sua honra não seja atingida. É assim que se pode ver nele um precursor da doutrina social da Igreja, que o Papa Leão XIII desenvolverá alguns anos mais tarde na Encíclica Rerum novarum.

Diante das pobrezas que oprimem muitos homens e mulheres, a caridade é um sinal profético do empenho do cristão no seguimento de Cristo. Convido, pois, os leigos e de modo particular os jovens a darem prova de coragem e de imaginação, a fim de trabalharem para a edificação de sociedades mais fraternas, onde os mais necessitados sejam reconhecidos na sua dignidade e encontrem os meios para uma existência respeitável. Com a humildade e a confiança incondicional na Providência, que caracterizavam Frederico Ozanam, tende a audácia da partilha dos bens materiais e espirituais com aqueles que estão na miséria!

6. O Beato Frederico Ozanam, apóstolo da caridade, esposo e pai de família exemplar, grande figura do laicado católico do século XIX, foi um universitário que assumiu uma parte importante no movimento das ideias do seu tempo. Estudante, professor eminente primeiro em Lião e depois em Paris, na Sorbona, teve em vista antes de tudo a investigação e a comunicação da verdade, na serenidade e no respeito das convicções daqueles que não partilhavam as suas. «Aprendamos a defender as nossas convicções sem odiar os nossos adversários, escrevia ele, a amar aqueles que pensam diversamente de nós [...] lamentemo-nos menos dos nossos tempos e mais de nós mesmos» (Cartas, 9 de Abril de 1851). Com a coragem do crente, denunciando todos os egoísmos, ele participa activamente na renovação da presença e da acção da Igreja na sociedade da sua época. Conhece-se também o seu papel na instituição das Conferências da Quaresma nesta catedral de Notre-Dame de Paris, com o objectivo de permitir aos jovens receber um ensinamento religioso renovado, ante as grandes questões que lhes interrogam a fé. Homem de pensamento e de acção, Frederico Ozanam continua a ser para os universitários do nosso tempo, professores e estudantes, um modelo de empenho corajoso capaz de fazer ouvir uma palavra livre e exigente, na busca da verdade e na defesa da dignidade de toda a pessoa humana. Que seja também para eles um apelo à santidade!

7. A Igreja confirma hoje a escolha de vida cristã feita por Ozanam, assim como o caminho que assumiu. Ela diz-lhe: Frederico, o teu caminho foi deveras a via da santidade. Passaram mais de cem anos, e eis o momento oportuno para redescobrir este caminho. É preciso que todos estes jovens, mais ou menos da tua idade, reunidos em tão grande número em Paris, provenientes de todos os Países da particular. E grande será a tua alegria. Tu, que já vês com os teus olhos Aquele que é o amor, sê também um guia em todos os caminhos que estes jovens vão escolher, seguindo hoje o teu exemplo!
Europa e do mundo, reconheçam que esta estrada é também deles. É preciso que compreendam que, se quiserem ser cristãos autênticos, devem empreender este mesmo caminho. Oxalá abram melhor os olhos da própria alma às necessidades tão numerosas dos homens de hoje. Compreendam estas necessidades como desafios. Cristo chama-os, cada um pelo seu nome, a fim de que cada um possa dizer: eis o meu caminho! Nas opções que fizerem, a tua santidade, Frederico, será confirmada de modo

FONTE: DA REDAÇÃO DO SSVPBRASIL

sábado, 20 de agosto de 2011

Papa pede que jovens fiquem junto dos pobres


O papa Bento XVI pediu aos jovens que sejam animados pelo amor de Cristo a ‘permanecer junto aos menos favorecidos’, ao presidir a via-sacra na Praça Cibeles, em Madri, na Espanha durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
“Vós, que sois tão sensíveis à idéia de partilhar a vida com os outros, não passeis ao lardo quando virdes o sofrimento humano, pois é aí que Deus vos espera para dardes o melhor de vós mesmos: a vossa capacidade de amar e de vos compadecerdes”, afirmou o papa.
Bento XVI disse que Deus não está alheio ao sofrimento humano.
“A paixão de Cristo incita-nos a carregar sobre nossos ombros o sofrimento do mundo, com a certeza de que Deus não é alguém distante ou alheio ao homem e às suas vicissitudes”, completou.
O papa recordou, ainda, os elementos fundamentais de humanidade que devem marcar a vida das pessoas.
“Sofrer com o outro, pelos outros; sofrer por amor da verdade e da justiça; sofrer por causa do amor e para se tornar uma pessoa que ama verdadeiramente: estes são os elementos fundamentais de humanidade, o seu abandono destruiria o mesmo homem”, disse, citando sua encíclica Spe Salvi.
O trajeto da via-sacra ficou tomado pela multidão de jovens que participam da 26ª Jornada Mundial da Juventude na capital espanhola desde terça-feira (16). Nas estações foram colocadas imagens do acervo artístico espanhol, as mesmas usadas na Semana Santa.
Durante a via-sacra, a cruz foi levada por jovens que têm algum tipo deficiência. Eles vieram da Terra Santa, Iraque, Albânia, Ruanda e Burundi, Sudão, Japão, Haiti, dentre outros.
Informações: CNBB

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

AJUDA ÀS ENTIDADES - Epil pede listas telefônicas velhas



A empresa Epil - Editora Pesquisa e Indústria Ltda, distribuidora da lista telefônica em Sorocaba e Votorantim, solicita aos moradores dessas duas cidades que devolvam a lista antiga ao receber o novo exemplar. O material recolhido vai para empresas de reciclagem. São dez entidades assistidas, sendo oito em Sorocaba (Vila dos Velhinhos, Casa do Menor, Creche Maria Claro, Hospital Gpaci, Doce Lar do Menor, Centro de Integração da Mulher, Associação Pró Reintegração Social da Criança e Associação Cristã de Assistência Plena - Acap) e duas em Votorantim (Creche São Vicente de Paulo e Recanto Renascer Comunidade Terapêutica).


São distribuídas 130 mil listas novas, mas apenas 50% das listas anteriores retornam para a reciclagem. O dinheiro arrecadado é revertido em alimentos, material de limpeza e higiene pessoal para fazer as doações. Cada entidade recebe em torno de mil reais em doações, o que resulta em R$ 10 mil por ano.

Não dê dinheiro

Um alerta que o assessor de comunicação da empresa, Gesner Dias Júnior, faz é de que os assinantes não dêem dinheiro aos entregadores, pois eles recebem uma bonificação para recolherem as listas de volta. "Eles são orientados para avisar as pessoas da importância da devolução. E se a pessoa fica fora de casa o dia todo, aconselhamos que deixe a lista para recolhimento com o vizinho". As entidades que quiserem fazer um cadastro para receber ajudar da Epil podem ligar no telefone 0800-12-0333.


Fonte: Jornal Cruzeiro dos Sul

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Primeira Conferência Vicentina do Brasil completa 139 anos hoje




Você que é confrade ou consócia merece hoje um parabéns especial. Junto com a Sociedade de São Vicente de Paulo (SSVP), os vicentinos brasileiros comemoram 139 anos desta instituição séria, que preza pelo amor incondicional a Deus, por meio dos Pobres.

Foi no dia 4 de agosto de 1872, que primeira Conferência Vicentina no país - a São José, na cidade do Rio de Janeiro - começou as atividades. A Unidade ainda continua em atividades.

O INÍCIO

Após as cerimônias religiosas em louvor a São Vicente de Paulo, celebradas na Capela da Santa Casa de Misericórdia no Rio de Janeiro, no dia 19 de julho de 1872, alguns leigos foram convidados pelos padres Lazaristas para jantar no Seminário Diocesano de São José.
Naquele jantar encontravam-se, dentre outros, o conceituado médico Dr. Pedro Fortes Marcordes Jobim, o ilustre advogado Dr. Antônio Socioso Moreira de Sá e o Dr. Francisco Lemos Farias Coutinho - Conde de Aljezur - um fidalgo a serviço de D. Leolpodina, a imperatriz do Brasil.
Depois do jantar, um dos presentes, motivado, talvez, pelas celebrações em louvor ao Pai da Caridade, referiu-se às maravilhosas obras que, em diversos países, a Sociedade de São Vicente de Paulo vinha desenvolvendo em favor dos Pobres, e acrescentou que estava realmente surpreso em saber que não existia, ainda, uma conferência vicentina instalada no Brasil - o grande país católico da América do Sul, onde as condições de vida dos menos afortunados reclamavam de imediato, a ação caritativa.
Diante de tais ponderações e movidos por inspiração divina, o Conde de Aljezur, o fundador da primeira Conferência em Portugal, e os confrades Pedro Jobim e Antônio Secioso, que já haviam frequentado conferências na Europa, decidiram, então, fundar uma em terras brasileiras.

A PRIMEIRA CONFERÊNCIA NO BRASIL


E, assim, no dia 4 de agosto de 1872, instalava-se, no Seminário Diocesano do Rio de Janeiro, a Conferência de São José, a primeira do Brasil que, além de seus fundadores, contava ainda com outros confrades.
Durante a sessão foi eleito presidente o confrade Aljezur, que nomeou os confrades Pedro Jobim, para secretário, e Antônio Secioso para tesoureiro.
A conferência de São José foi agregada em 16 de novembro de 1872(*), sendo, portanto, esta a data em que se considera a implantação oficial da Sociedade de São Vicente de Paulo no Brasil.

(*) - algumas publicações consideram a data de 16 de dezembro de 1872 como a data de agregação da conferência de São José.
Conde de Aljezur Francisco Lemos Faria Pereira Coutinho, 1º Conde de Aljezur, faleceu aos 99 anos de idade na cidade Petrópolis-RJ. Empregou toda a sua existência no exercício da caridade cristã. Foi um dos fundadores no Brasil, em 1872, das Conferências Vicentinas. Era fidalgo da Casa Imperial e companheiro inseparável do imperador D. Pedro II em suas caminhadas diárias pelas ruas de Petrópolis.
Acompanhou D. Pedro II ao exílio, só retornando ao Brasil após a morte do monarca. Possuía a Comenda de 1ª classe da Ordem Sueca da Estrela Polar e tinha o grau de cavalheiro da ordem de Cristo do Brasil, bem como a de São Gregório Magno de Roma. Era casado em segundas núpcias com D. Anna Saldanha da Gama, virtuosa irmã do Almirante Luiz Felipe Saldanha da Gama.

Fonte: DA REDAÇÃO DO SSVPBRASIL


Hoje é dia do Padre



Hoje 04 de Agosto é o dia do Padre. Reflitamos na integra o artigo do Pe. Lucas da Congregação da Missao sobre " São Vicente de Paulo Padre".

SÃO VICENTE DE PAULO, PADRE

São Vicente de Paulo já tem sido estudado e analisado por biógrafos e especialistas, sob vários ângulos de sua multiforme personalidade.
Sinal de sua vitalidade para o passado e o presente.
Sua figura imponente e gigantesca, vista num relance, torna-se muito humana e próxima, quando contemplada nos detalhes.
Aquele que o Papa João Paulo II qualificou de “arauto da misericórdia e da ternura de Deus”, continua a projetar, tantos séculos depois, sua luz inspiradora para os dias de hoje.
Dentre os vários títulos que emolduram sua pessoa e suas biografias, existe um que resume todos os demais: São Vicente de Paulo, Padre.
Retrato de corpo inteiro...
Este título de glória, sua missão, seu compromisso, seu projeto de vida, seu desafio maior e seu temor, até os últimos anos de existência.
Formado na Teologia clássica de Trento e na espiritualidade daí decorrente- sacerdos alter Christus-, soube, como o homem prudente do Evangelho, tirar deste tesouro coisas novas e velhas...
Suas intuições originárias e originais lançam luzes esclarecedoras sobre a missão sacerdotal.
Não parou, deslumbrado, diante da dignidade da fundação sacerdotal, descrita, com arroubos de eloqüência, pelos grandes pregadores e autores espirituais.
Fixou seu olhar lúcido e crítico sobre o único sacerdote e mediador, Jesus Cristo.
Jesus, pregador ambulante, homem do povo, cercado pelos pobres, doentes, aleijados, marginalizados; profeta corajoso contra os falseadores do verdadeiro culto ao Deus verdadeiro; pastor incansável em busca das ovelhas abandonadas e dispersas; mestre singular, contador de histórias provocantes- suas parábolas-, que mexiam com o mais íntimo das pessoas. Foi aí que São Vicente encontrou a fonte de sua teologia do sacerdócio e, em conseqüência, sua estratégia pastoral e missionária.
O padre, sobretudo o missionário, deverá ser um homem do povo.
Vivendo seus problemas e experimentando suas dificuldades. Sempre inserido em seu meio, sempre a seu serviço.
O Padre, a exemplo de Cristo, procurará viver as virtudes: Simplicidade, Humildade, Mansidão, Mortificação e Zelo.
Sua missão será o serviço que se estende desde a catequese às crianças, aos pobres e rudes, até ao serviço material dos doentes e necessitados.
Sua pregação será simples, modesta, objetiva.
São Vicente percebeu como a oratória estava sendo utilizada mais como um adorno, uma demonstração de força, de cultura refinada, verdadeira discriminação social: um acréscimo a mais às pompas das cerimônias e esplendor dos templos, já tão ricos.
Empreende, então, a reforma da pregação entre os seus e os de fora.
O culto será a celebração da verdadeira conversão.
Dignidade das cerimônias, nos cantos, na celebração de todos os Sacramentos, na recitação do Ofício Divino.
Necessidade de uma catequese permanente em todos os níveis.
O missionário não poderia perder nenhuma ocasião de instruir e exortar, sobretudo os pobres e os mais rudes que encontrasse.
O pobre povo do campo está abandonado.
Há padres demais em Paris e nas grandes cidades: religiosos e clérigos em excesso, mas não há padres pastores, missionários...
Urge primeiro cuidar do clero, despertá-lo do seu torpor, de sua ganância, de sua ignorância.
O Clero não poderia continuar sendo um meio fácil de vida, um status social, uma classe.
Seu estatuto básico seria o serviço total e abnegado, sua dignidade: sua missão junto ao povo.
São Vicente prega então as virtudes comuns aos batizados. Imbuído pela mística Paulina do mistério pascal- morte e ressurreição- prega a todos a vocação à santidade, ao testemunho de vida, à pobreza evangélica e ao zelo missionário.
Os pobres são “meu peso e minha dor”, são nossos “senhores e mestres”.
É preciso colocar-se na escola dos pobres.
Só se pode evangelizar os pobres com meios pobres.
Ter a alma de pobre.
O missionário tem na Igreja um lugar bem peculiar: servir aos pobres.
São sua razão de ser, sua herança, sua função e sua missão.
No manuseio incansável do Evangelho, São Vicente vai descobrindo, passo a passo, todos os segredos do Verbo Encarnado, todo o mistério do Filho de Deus, Sacerdote, Pastor e Profeta.
Na pessoa de Jesus, Evangelizador dos pobres, vislumbra todo o dinamismo de sua ação, de sua espiritualidade e missão apostólica.
Perscruta, com avidez inteligente, todos os seus gestos, palavras e atitudes.
Jesus é adorador do Pai, o servo dos pobres, o mestre de todos.
Assim, São Vicente fará, em sua vida e em suas obras principais, esta síntese harmoniosa do Serviço aos pobres e da formação do clero.
O mesmo Jesus que viera não para ser servido, mas para servir e dar a vida pelos pecadores, para evangelizar os pobres, cuidou também de formar seus apóstolos, seus discípulos e seus continuadores.
Os pobres e os padres.
“O que fizerdes ao menor dos meus é a mim mesmo que o fazeis”.
“Quem vos ouve é a mim que ouve.
Quem vos despreza é a mim que despreza”.
Jesus se identifica com os pobres e os apóstolos e discípulos.
Do mesmo modo, e inspirado no mesmo modelo, São Vicente, com idêntica devoção e convicção, em suas cartas e documentos, ora apunha à sua assinatura- “Humilde servo”- ou simplesmente Vicente de Paulo, Padre.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Barracas Vicentinas de Votorantim divulgam resultado obtido em Festa Junina

O Conselho Central de Votorantim da Sociedade de São Vicente de Paulo e a Creche São Vicente de Paulo divulgam os resultados obtidos durante a 96ª Festa Junina de Votorantim, ocorrido entre os dias 11 e 26 de Junho na Praça de Eventos Leci de Campos.


Creche São Vicente de Paulo
Receitas: R$ 25.623,68
Despesas: R$ 15.062,69
Lucro Líquido: R$ 10.560,99

Conselho Central de Votorantim
Receitas: R$ 36.890,09
Despesas: R$ 22.385,09
Lucro Líquido: R$ 14.505,00

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES

Deus Pai, Criador do mundo, que chamastes o homem e a mulher à vida, dai-nos a luz do Vosso Espírito Santo, a fim de que mais fiéis à Vossa Palavra, possamos continuar em nossa comunidade, a obra redentora de Vosso Filho, Jesus Cristo.
Para isso Vos pedimos a clareza da fé e a coragem para, em comunidade, buscarmos o Vosso Reino. A exemplo de Maria e São Vicente de Paulo queremos responder ao Vosso chamado. Ajudai-nos a ser colaboradores nos ministérios e nas pastorais de nossa comunidade. Dai perseverança aos nossos vocacionados e esperança aos nossos jovens.
E Vos pedimos que mais jovens, moças e rapazes, se sintam chamados a seguirem o Vosso Chamado para a vida religiosa, para o serviço missionário e para o sacerdócio. Amém .

Igreja no Brasil dedica o mês de agosto às vocações

A Igreja no Brasil dedica o mês de agosto às vocações.

Nesse período, todos os cristãos são convidados a refletir sobre sua vocação e a missão confiada por Deus a cada um.

Na primeira semana de agosto, celebramos a ‘Semana do Padre’. Na segunda semana, lembramos a ‘Família’.

A terceira semana é dedicada à ‘Vocação religiosa’. Vocação dos que consagram a Deus na vida religiosa pelos votos de pobre, castidade e obediência, em comunidade.

Na última semana, a Igreja reza pelas vocações leigas, como o exemplo dos catequistas que se dedicam a evangelização de jovens, adultos e crianças.

Vocação é o chamado de Deus para as nossas vidas. É a missão que Ele nos confia.

FONTE: A12