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quinta-feira, 10 de março de 2011

Para Bento XVI a Quaresma não é tempo de tristeza, mas sim de conversão

O papa Bento XVI presidiu ontem (9) na colina romana do Aventino a procissão penitencial que deu início ao tempo litúrgico da Quaresma, e oficiou a Missa das Cinzas.
O Santo padre afirmou em sua homilia que a Quaresma não deve ser tempo de tristeza e que o mundo precisa de conversão.
“A opinião comum é que a Quaresma é um tempo de tristeza, cinzento. Contudo, é um dom precioso de Deus, um tempo forte e denso de significados no caminho da Igreja rumo à Páscoa”, disse o papa diante de milhares de pessoas que participaram do rito na Basílica de Santa Sabina.
Bento XVI disse ainda aos fiéis que a Quaresma é um tempo de conversão e que o mundo precisa ser convertido por Deus e precisa de seu amor, já que necessita de um coração novo.
O papa presidiu a procissão acompanhado por vários cardeais, bispos, monges beneditinos de Santo Anselmo e dominicanos de Santa Sabina, sacerdotes e milhares de fiéis.
Bento XVI recebeu as cinzas, em sinal de conversão e penitência, das mãos do Prefeito emérito da Congregação para a Evangelização dos Povos e titular desta igreja, Cardeal Jozef Tomko. Em seguida, impôs as cinzas ao Cardeal Tomko e a outros cardeais, bispos, religiosos e fiéis.
Sobre as práticas tradicionais de esmola, oração e jejum, o papa alertou os cristãos para que pratiquem a caridade e a bondade como um ato de amor a Deus e não por amor próprio.
“Quando se realiza algum ato de bondade, surge instintivamente o desejo de sermos reconhecidos e admirados por isso. Isso, por um lado, encerra-nos em nós mesmos e, por outro, nos projeta para fora, para o que os outros pensam e admiram em nós. Esmola, oração e jejum são o caminho da pedagogia divina que nos acompanha até ao encontro com o Senhor ressuscitado, um percurso que é preciso realizar sem ostentação”, acrescentou Bento XVI.

Com informações da Rádio Vaticano